Pelé e a política
Em 1992, Pelé começa a se envolver na política, ao apoiar a candidatura do advogado Vicente Cascione a Prefeitura de Santos. Cascione não é eleito. Em 1995, a Prefeitura Municipal da cidade de Santos instituiu o Dia Pelé, comemorado em 19 de novembro, mesmo dia do milésimo gol de Pelé. Além disso, no primeiro governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Pelé (foto) foi ministro dos Esportes (1995 a 1998), quando fez a Lei Pelé que acabou com o passe no futebol nacional e revolucionou a prática desportiva no país.
Vale ressaltar que sua filha Sandra Arantes do Nascimento Felinto, é vereadora em Santos (Litoral de São Paulo), em seu segundo mandato (2001 a 2204 e de 2005 a 2008). Porém, Sandra não teve auxílio do pai, que so a reconheceu como filha após desgastante processo judicial.
Volta ao Santos FC como dirigente
Em 1994, volta a atuar na vida política do Santos FC ao apoiar a gestão do presidente Miguel Kodja Neto. Em 1994, com a saída de Kodja Neto do clube passa a integrar a diretoria do novo presidente, Samir Jorge Abdul Hak. Nesta diretoria, Pelé foi diretor para assuntos no exterior e coordenador das divisões de base(foto), onde trabalhou com a geração de Robinho e Diego durante um breve período. Pelé saiu da vida política do clube em 2000, as continua com o cargo de conselheiro nato do egrégio Conselho Deliberativo.
Pelé ator
Pelé teve participações em algumas novelas da Rede Globo e em dez filmes devido a sua notariedade como ídolo público mundial e por ser um grande ator. O primeiro filme sobre Pelé foi Rei Pelé, de 1963, onde participou boa parte do elenco do Peixe como atores coadjuvantes, como Pepe e Zito. Em 1974, aliado a Globo Filmes, ao produtor Luis Carlos Barreto e ao Canal 100, Pelé fez o filme "Isto é Pelé" com 100 gols seus e suas participações em mundiais.
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Silvester Stallone, Pelé e Michael Caine
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Pelé já teve uma pequena experiência de ator no cinema estrangeiro. Em 1981, ele protagonizou Fuga para a Vitória, um curioso filme de John Huston em que prisioneiros de um campo de concentração alemão durante a Segunda Guerra Mundial formam um time de futebol. Além de Pelé, atores como Michael Caine e Sylvester Stallone atuaram no longa-metragem. A história se passa na Segunda Guerra Mundial e narra um jogo de futebol entre oficiais nazistas e uma seleção de prisioneiros que tinha o inglês Bobby Moore e Pelé. Em 1989, fez junto com os Trapalhões, o filme Os Trapalhões e o Rei do Futebol. "Quando era mais novo, pensei em ser ator se a carreira de jogador de futebol não desse certo", afirmou Pelé.
Pelé e os Trapalhões no filme "Os Trapalhões e o Rei do Futebol"
Em 2004, veio a prova definitiva de que Pelé foi o maior futebolista de todos os tempos: O filme Pelé Eterno, do diretor brasileiro Anibal Massaini Neto. O documentário foi resultado de mais de 3 anos de pesquisas e preparação de material e é uma verdadeira aula de futebol. Anibal percorreu o mundo atrás de material inédito sobre Pelé - cinejornais, arquivos de emissoras de TV, acervos particulares - valia tudo que registrasse a carreira do Rei. Pelé Eterno exibe 400 gols, 3 mil fotografias, 2100 narrações de gols, 150 depoimentos e ainda 1500 manchetes de jornais de diversos países. Dois dos mais famosos gols de Pelé foram recriados digitalmente, pelo fato de não terem sido encontradas imagens que os documentem. São o gol de placa feito contra o Fluminense, no Maracanã, em 1961; e o famoso "gol da Rua Javari", considerado pelo próprio Pelé como sendo o mais bonito de sua carreira e tendo sido marcado no jogo Santos 2 x 1 Juventus, em 2 de agosto de 1959. Pelé Eterno é o 1º filme brasileiro que recebeu o investimento da UIP pela Lei do Audiovisual.
Stallone e Pelé
Pelé Cantor
Pelé sempre foi um apaixonado por música, compôs e gravou algumas músicas com nomes célebres da música brasileira, como Elis Regina e Roberto Carlos. Veja abaixo parte da letra de canções que Pelé gravou com astros da MPB:
Pelé cantando com Chico Anysio e Roberto Carlos
"Outro dia me pegaram de surpresa
Me deram um violão
E fizeram eu cantar
Eu todo desajeitado
Cantando tudo errado
Sem saber como parar
Foi um tremendo dum vexame
Mas o engraçado
É que eu cantava errado
E os puxa achavam bom
Estava o rádio, o jornal e a televisão
E eu todo sem graça
Só fazia laralá"
Pelé e Elis Regina, em "Vexamão".
"Não, não vá embora não
Porque a saudade vai ficar em seu lugar
Não me faça sofrer a sua ausência
Tenha paciência, não vá embora, não me deixes não
Quando você chegou, foi recebida de braços abertos
Jurava me dar amor, ser boazinha e não falar em ir embora
Agora, depois de tanto tempo
Quer partir sem dizer qual a razão
Não vá, meu bem, porque depois perdão não tem"
Pelé e Elis Regina, em "Perdão não tem".
"Abêcê
Abêcê
Toda criança
Tem que ler e escrever"
Pelé e Paulo Renato de Souza, em "ABC".